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[Entrevista] Flávio Meireles - A Alma Vitoriana

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Em Guimarães desde os 12 anos, altura em que deixou Ribeira de Pena para integrar a formação vitoriana, Flávio Meireles não é apenas o capitão vitoriano, ele é já um vimaranense!
Na juventude, a partida do Vitória rumo ao Moreirense, deixava para trás o sonho de integrar o plantel sénior vitoriano, mas o sonho de voltar ao clube da sua formação, havia de se realizar anos mais tarde e trazendo-lhe na quarta época um presente especial: a braçadeira de capitão. Símbolo que lhe assenta na perfeição, pois Flávio representa para a massa associativa, a alma vitoriana.
A conquista dos exigentes adeptos não foi fácil, mas não baixou os braços e hoje é uma das principais figuras do plantel e do balneário vitoriano, pois tem sido ao longo dos tempos um dos elementos integradores dos jogadores recém chegados ao clube.
O seu estilo lutador e aguerrido, a dedicação que já demonstrou ter pelo Vitória, conquistaram indubitavelmente a admiração dos sócios. Após um ano de total desaire, que classifica como o pior momento da sua carreira, escolhe ficar no Vitória, o seu clube do coração.
Na hora de falar do futuro e dos sonhos, pede-se a escolha de um clube de topo e a resposta não surpreende: "eu já estou num clube de topo!"

Com que idade começou a jogar futebol?
Desde muito cedo, tinha uns 6, 7 anos. Comecei a jogar em Ribeira de Pena e depois transitei para o Vitória quando tinha 12,13 anos.

Veio do Moreirense para o Vitória, jogar no Vitória era o seu sonho na altura?
Sim, sempre foi o meu sonho porque foi aqui que me formei como jogador, foi aqui que tive a minha base como futebolista e portanto quando se começa num clube desde muito cedo é lógico que haja um sentimento especial, e quando saí daqui sempre tive um objectivo que era voltar ao V. Guimarães e consegui.

Quando chegou cá como jogador profissional, apesar de já conhecer a cidade, como foi a sua adaptação?
Foi num ano difícil, em que estivemos quase a descer de divisão, foi um ano que não correu particularmente bem tanto pessoalmente como à equipa, sendo portanto, menos positivo. Sei que as pessoas não gostavam muito de mim, sempre tive essa consciência e foi um pouco difícil. Mas penso que no ano seguinte superei isso e fizemos uma excelente época que nos levou à Taça UEFA.


Teve alguma proposta para abandonar o Vitória na época passada?

Não, não tive..

E o que o fez ficar no Vitória, mesmo sabendo que o clube ia jogar na Liga de Honra? O que o prendeu ao Vitória?
Para já porque, conforme o Moreno já disse numa entrevista, e faço minhas as palavras dele, para os jogadores que transitaram da época passada e após uma descida de divisão, temos uma dívida para com este clube. Além de eu gostar muito do Vitória e de ser o meu clube desde pequeno, é lógico que descer de divisão vai ficar marcado para sempre. O meu objectivo pessoal é voltar a por o Vitória outra vez na Super Liga, só aí é que me sinto outra vez realizado.

Quando soube que ia ser o capitão do Vitória esta época, que significado é que teve para si? Estava à espera?
Não é que estivesse à espera ... Ser capitão do Vitória é pelos anos de casa, portanto por essa perspectiva já estava à espera, mas depois os meus colegas escolheram-me como capitão e é lógico que é um dos momentos mais altos da minha carreira. O Vitória sempre teve grandes capitães e é claro que é um orgulho.

E o que sente o capitão neste momento tão difícil para o clube, em não pode estar em campo a ajudar a equipa?
A minha posição é muito ingrata, é lógico que estando fora e não podendo dar o meu contributo o stress é maior, não consigo ver nenhum jogo tranquilo, é muito complicado, mas tento dar o meu apoio antes de cada jogo, durante o intervalo e no fim. Aliás qualquer jogador o faz, não é por ser capitão...

Qual foi o momento mais alto da sua carreira?
Talvez o mais saboroso foi a época que nos deu acesso à Taça UEFA, em 2004/2005, e depois o primeiro jogo com o Wisla Cracóvia, que vai ficar marcado para sempre na minha memória.
Numa época que não nos estava a correr muito bem, aí é que senti o que é jogar ao mais alto nível e o que é ser um verdadeiro jogador de futebol.

E o momento menos bom?
A descida de divisão, sem sombra de dúvida. Esse momento vai ficar marcado para sempre, nem que para o ano seja campeão nacional da Super Liga, mas a descida de divisão nunca se vai apagar da minha memória.

O que sentiu no final desse jogo quando a descida de divisão foi consumada?
Antes desse jogo tinha subido ao relvado com os meus colegas e vimos o estádio ainda sem ninguém nas bancadas e foi uma r nostalgia muito grande. É indescritível, por palavras não dá para definir aquilo que se sente. E ouvir os cânticos dos adeptos no final foi arrepiante, não se consegue descrever. Foi uma tristeza enorme, porque o Vitória tinha bons jogadores mas como equipa nunca funcionámos.

E o que podemos esperar do Vitória para esta temporada?
O que se pode esperar é a subida de divisão, é nossa obrigação. Temos que subir custe o que custar e temos que chegar a Maio com o objectivo alcançado.

Como define a massa associativa do Vitória?
Como estou em Guimarães há já muitos anos conheço bem os adeptos. São indescritíveis, muito bairristas e não há massa adepta igual. Eu tive colegas que já jogaram aqui e nos três grandes e dizem que nunca viram uma massa associativa tão apaixonada, que ama o Vitória. É lógico que para qualquer jogador que sente este clube, isto marca. Os adeptos acompanham-nos para todo o lado, apoiam, e também criticam quando têm que criticar.

Como capitão, quando recebeu os novos jogadores como definiu a massa associativa?
Que era muito exigente, acima de tudo. Temos que estar sempre na máxima concentração, dar o máximo, os adeptos gostam de ver um jogador a lutar, a sofrer pelo clube. Disse-lhes que estavam num clube diferente, que apesar de estar na Liga de Honra é grande todos os dias e que se iriam aperceber da dimensão do clube e agora todos já estão bem alertados do que é o Vitória.

E a cidade?
Além de pequenina é uma cidade acolhedora. Tenho colegas que são de fora e que compraram casas aqui. É uma cidade que acolhe muito bem, boa para se viver, lindíssima e tem todas as condições para que uma pessoa se sinta bem com a família.

A nível profissional quais as suas ambições?
A curto prazo subir o Vitória, depois obviamente que gostaria de ganhar um título ao serviço do clube.

Se pudesse escolher um clube de topo para jogar qual seria o clube da sua eleição?
O Vitória, porque para mim é um clube de topo.

Se não fosse jogador de futebol que profissão teria escolhido?
Não sei... Nunca pensei nisso. Mas estou a estudar para ser professor de Educação Física, tenho o segundo ano do ensino superior e quando acabar o futebol estou sempre a ver-me ligado ao desporto.

Como ocupa os tempos livres?
As horas que tenho vagas dedico-as à família, mas principalmente ao meu filho, é para ele que vai toda a minha atenção.

É um homem vaidoso?
Sim.

Restaurante favorito em Guimarães?
É uma pergunta dificil, mas escolho o Dan José, na Penha.

Prato favorito?
Bacalhau com broa?

Bebida?
Ice Tea.

Filme favorito?
Mulholand Drive.

Actor?
Meryl Streep


Música?

Electrónica.

Livro?
Não tenho nenhum livro de eleição.

Viagem de sonho?
Maldivas.

Nome Completo: Flávio Miguel Magalhães de Sousa Meireles
Data de Nascimento: 03/10/1976
Naturalidade: Ribeira de Pena Residência: Guimarães
Altura: 1,87m
Peso: 87
Posição: Médio Defensivo
Número da camisola: 26
Clubes anteriores: Fafe, Moreirense
Estado Civil: Casado

in "destaque local "
edição 11 - 15 de Novembro de 2006

Etiquetas:

Publicado por mike shinoda @ 11/18/2006 09:46:00 da tarde,

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