Proliga 2006/2007 - 1ª Eliminatória do Play-Off

Jogo 2 - Sábado, 19 de Maio de 2007

Pavilhão do VSC- 17h00

Vitória/M Couto Alves 65 - 61 Assoc. Académica de Coimbra

Com certeza não estava nos planos de Fernando Sá ver a equipa ter de sofrer tanto para atingir a merecida segunda vitória desta eliminatória. Contrariar a ansiedade, o adversário e o calor foi tarefa difícil para os jogadores do Vitória/M Couto Alves. Difícil, mas acabou por não se revelar impossível. Souberam lutar contra todos estes elementos e resistiram até às provocações por parte de alguns atletas da Académica. Quase se estragava o jogo perto do intervalo... Quem não pode contrariar a mais valia do colectivo Vitória/M Couto Alves dentro do campo, tenta sempre outras formas para causar mossa nos nossos atletas. Estes já deviam saber lidar com estas situações... Mais um aspecto a ser trabalhado por Fernando Sá... O Vitória/M Couto Alves, sem poder contar com dois elementos importantes, Tayron Thomas e Sérgio Correia, tinha de ser forte em vários aspectos, (mas equipa que quer ser campeã tem que saber ultrapassar as dificuldades inerentes à sua participação numa prova como esta, longa e selectiva).

No 1º período, o Vitória/M Couto Alves foi a equipa que comandou o marcador, 4-0, 8-3, 11-8 e 16-10. Via-se alguma reacção do banco da Académica, o treinador academista pediu um desconto de tempo e conseguiu serenar a sua equipa. Esta começou a ser mais regular dentro das quatro linhas. Esteve mais certeira a equipa visitante e foi com o marcador nos 18-16 que se terminou este primeiro parcial. O calor revelava-se como o adversário maior para as duas equipas...

Segundo período e ainda o Vitória/M Couto Alves a comandar as operações. Apesar de alguma apatia de Ije Nwankwo, o Vitória/M Couto Alves ia ganhando ressaltos e nas tabelas fazia a diferença, 22 ressaltos ganhos contra 12 do adversário. Valiam Nuno Pedroso, Ricardo Pinto, Carlos Fechas e Pedro Silva que nesta ocasião era já o MVP do jogo. Intervalo e o Vitória/M Couto Alves vencia por 37-30, num jogo onde Fernando Sá já tinha recorrido a alguns jogadores do seu banco de forma a dar descanso aos pulmões dos atletas mais utilizados. O descanso era mais que desejado pelos atletas de ambos os lados... Uns momentos para apanhar ar e acertar estratégias...

Retomada a partida as equipas demoraram a encontrar o ritmo de jogo. Efeitos do desgaste provocado pelo ar abafado que o pavilhão do VSC apresentava neste dia de calor. Uma palavra para os resistentes, de novo poucos mas bons que nas bancadas ainda tinham fôlego para ir incentivando o Vitória/M Couto Alves. O colectivo ia funcionando apesar de momentos menos bem jogados. Do lado da Académica o jogo não fluía; passes errados e por vezes não saber o que fazer com a bola foram erros repetidos várias vezes. 48-43 foi o resultado com que se chegou ao final deste parcial fraco e que o Vitória/M Couto Alves perdia por 11-13. O Vitória/M Couto Alves ia controlando mas sem conseguir afastar-se de forma a garantir um final de jogo mais tranquilo...

No derradeiro período, esperava-se que o Vitória/M Couto Alves fosse capaz de conseguir dar o tal safanão no marcador. A Académica é que não parecia estar de acordo... Já se tinham percorrido mais de metade dos dez minutos deste parcial e... Surpresa, a Académica passava, pela primeira vez, para a frente no marcador, 57-58. Foram alguns momentos de desacerto por parte dos jogadores vitorianos que permitiram, que em rápidos contra ataques, os academistas conseguissem pela primeira vez estar a liderar o resultado. Suou o alarme nas hostes vitorianas... Não estava nos planos de ninguém voltar a este mesmo pavilhão no dia seguinte para defrontar de novo esta Académica. Nesta fase Ije Nwankwo assumiu parte dos gastos da equipa. O colectivo foi isso mesmo e o bem comum esteve acima de qualquer egoísmo. Revelaram-se mais coesos na defesa e no ataque foram mais inteligentes. Desta forma forçaram os atletas adversários a recorrer à falta e desde a linha de lance livre foram construindo a vitória que justificaram ao longo de todo o desafio. Venciam este segundo jogo desta eliminatória, 65-61, arrumavam definitivamente com esta questão. Amanhã... Descansam!


Alinharam pela equipa do Vitória/M Couto Alves :

Nº 4-Rodrigo Almeida (0), 5-Tayron Thomas (nj), 6-Nuno Pedroso (17), 7-Ricardo Pinto (2), 8-Carlos Fechas -capitão (5), 9-Pedro Tavares (8), 10-Pedro Ribeiro (nj),11-Nuno Faria (0), 12-Pedro Silva (20), 14-Paulo Oliveira (nj), 16-Ricardo Correia (nj), 18-Ije Nwankwo (13).


Destaque para Pedro Silva, um jogo digno de um MVP, Nuno Pedroso que distribuiu e fez pontos com alguns triplos na hora certa, Carlos Fechas, Ricardo Pinto e Pedro Tavares foram capazes de dar o que a equipa necessitava, sacrifício e aplicação. Ije Nwankwo foi uma moeda de duas faces. No início esteve muito apagado mas no final foi o jogador que a equipa necessitava. Os restantes que participaram neste jogo cumpriram nos breves, mas importantes, momentos em jogo. Venceu quem foi mais equipa e também porque a qualidade do seu conjunto era notoriamente mais forte.

Agora só resta esperar pelo resultado da eliminatória entre o Galitos FC e o Esgueira, empatados a um jogo, para saber qual o adversário que se vai deslocar a Guimarães no próximo fim de semana. Será um jogo no Sábado e outro no Domingo, ambos pelas 17 horas no pavilhão do VSC, a contar para a meia final que se vai decidir à melhor de cinco jogos. O Vitória/M Couto Alves joga os dois primeiros em casa nesse fim de semana, para no fim de semana seguinte se deslocar ao campo do adversário para nova jornada dupla, isto no caso de ser necessário o quarto jogo. Caso se tenha que realizar, o quinto jogo, será no outro fim de semana, desta feita em Guimarães.

Este jogo já foi mais animado em termos de apoio desde as bancadas, mas decerto que os simpatizantes e apoiantes deste clube e/ou desta modalidade podem fazer mais e aparecer nesta fase mais decisiva para dar o seu apoio a esta equipa, que luta sempre para com dignidade glorificar o emblema que representa. Apareçam... Eles merecem !!

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