Vitória Grande Sempre - O Portal dos Vitorianos

Proliga 2006/2007 - Final do Play-Off

Jogo 3 - Sábado, 23 de Junho de 2007

Pavilhão Serafim Marques -17 horas

Sampaense 78 - 83 Vitória/M Couto Alves

Começou o jogo e logo ali ficou patente a forma como as equipas se iriam entregar ao desafio. Um Sampaense atrevido e nervoso, um Vitória/M Couto Alves mais relaxado e na expectativa. O equilibrio foi uma constante nos minutos iniciais, e o marcador foi reflexo disso mesmo até os 12-11. Nesta altura o Vitória/M Couto Alves facilitou um pouco e os de S.Paio de Gramaços não se fizeram rogados e passaram o resultado para 17-11, que logo de seguida saltou para 21-14. Fernando Sá sentia o perigo e chamava a atenção para os seus atletas, pelo que, depois de rectificadas posturas defensivas, o Vitória/M Couto Alves conseguiu reduzir para 21-18. Pouco depois chegava ao fim este primeiro parcial com o marcador em 26-19. Os da casa comandavam mas sem terem o seu jogo muito assente.

Entra melhor no 2º período o Vitória/M Couto Alves. Os jogadores vitorianos quase empatam logo nos minutos iniciais, 28-24, mas o Sampaense faz pela vida e afasta-se de novo, 34-26. Seguem-se uns minutos de fraco basquetebol, com muito erros e o marcador a avançar com dificuldade. Apesar de conseguir vencer este parcial, 13-17, o Vitória/M Couto Alves não atinge o intervalo com o marcador a seu favor, 39-36. Os vitorianos mantinham assim a pressão sobre os adversários que nunca se sentiram seguros. Do lado Sampaense Carlo White marcava a diferença pelo seu poder nas tabelas, enquanto nos vimaranenses era Ije Nwankwo que fazia mossa com o seu forte jogo interior.

A pausa para o descanso foi muito boa conselheira para os pupilos de Fernando Sá. Mesmo que nos instantes iniciais deste 3º período o marcador apontasse para mais uma vantagem de 7 pontos para os da casa, 47-40, o Vitória/M Couto Alves soube reagir, de tal forma o fez que passou a liderar o resultado, 47-50. Este parcial de 10-0 foi um primeiro aviso ao Sampaense. O sinal que do lado vitoriano a intenção era resolver neste jogo esta final ficou aqui mais que evidente. Nas hostes do Sampaense o sistema nervoso estava "a mil" e o facto de ver os vitorianos passar para a frente no marcador causou ainda mais dificuldades. No entanto, numa atitude muito competitiva e recusando-se "atirar a toalha ao chão" ainda conseguiram fechar as contas deste 3º período com um empate, 54-54. Voltava tudo ao início...

Entrava-se na recta final, e estes dez minutos finais seriam fartos em emoções. O Vitória/M Couto Alves dispara no marcador, 54-61, e vê-se numa posição que dá conforto psicológico. O peso da pressão estava todo, e em força, do lado do adversário. Era uma luta contra duas variáveis que não conseguiam controlar, os ponteiros de um relógio e a vontade de vencer os jogadores do Vitória/M Couto Alves, nesta altura muito mais confiantes. Essa força de vontade, aliada a uma capacidade de entrega e sofrimento muito grandes, dava frutos, 58-68. Os jogadores do Sampaense, de louvar a entrega de todos ao jogo, procuraram recuperar e ainda conseguem alimentar as esperanças dos seus muitos adeptos. O marcador volta a registar uma vantagem menor para os vitorianos 68-70. Mas estava escrito que nesta partida, mesmo com toda a aplicação dos atletas do Sampaense, nunca mais estes seriam capazes de voltar a liderar o marcador. Do lado do Vitória/M Couto Alves respirava-se a certeza que esta seria a sua última vitória desta época. Sempre com muita entrega, muita energia positiva vinda das bancadas, e com o apoio de todos desde o banco de suplentes, os cinco jogadores que campo defendiam as cores vitorianas iam cimentando um resultado, que mesmo com uma vantagem escassa, ia dando para manter os da casa sem a capacidade de sonhar...71-74, 73-77, 75-79 são as marcas desse andamento até se atingir os 78-83 finais. Mais uma vez o Sampaense foi obrigado a recorrer à falta nos instantes finais e de novo desde a linha de lance o Vitória/M Couto Alves soube selar uma vitória merecida. O capitão, Carlos Fechas esteve implacável neste domínio. Estava encontrado o novo campeão da ProLiga. O Sampaense passava o testemunho e o Vitória/M Couto Alves era um vencedor sem contestação, ( 3-0 nesta final atestam isso mesmo ).

Alinharam pela equipa do Vitória/M Couto Alves :

Nº 4-Rodrigo Almeida (nj), 5-Tayron Thomas (17 pontos), 6-Nuno Pedroso (11), 7-Ricardo Pinto (2), 8-Carlos Fechas -capitão (6), 9-Pedro Tavares (3), 11-Nuno Faria (0), 12-Pedro Silva (9), 13-Sérgio Correia (11), 14-Paulo Oliveira (0), 16-Ricardo Correia (nj), 18-Ije Nwankwo (24).

No adversário do Vitória/M Couto Alves realce para Carlo White, sem dúvida uma referência da sua equipa, mas também para Miguel Barroca e Vitor Farinha, tendo este último sido um dos responsáveis pelo facto de o Sampaense ter sonhado até tão tarde na partida, (conseguiu 12 pontos no 4º período).

No Vitória/M Couto Alves o destaque terá que ser para a força do colectivo, mas com uma chamada de atenção para a dupla de americanos, Tayron Thomas e Ije Nwankwo. O primeiro porque respira confiança quando lida com a bola e o segundo pela segurança que transmite no seu jogo interior. A Fernando Sá terá que ser dado mérito pelo conjunto de atletas que reuniu, pela forma como construiu uma equipa e não um conjunto de jogadores. Este grupo foi sempre isso mesmo e funcionou como um colectivo em que as alegria e tristezas eram sempre de todos.

Uma palavra para os cerca de 120 ruidosos adeptos que foram tão longe para acarinhar esta equipa ao longo de todo o jogo. Foram muito importantes porque o desequilíbrio deste jogo também se fez nas bancadas.