Proliga 2006/2007 - Meia Final do Play-Off

Jogo 4 - Domingo, 3 de Junho de 2007

Pavilhão do Esgueira -18 horas

Esgueira 70 - 79 Vitória/M Couto Alves

Depois de ter vencido no jogo de ontem, o Vitória/M Couto Alves espreitava a entrada na disputa da final desta edição da ProLiga.

Cientes do facto de que a pressão estava do lado do Esgueira, os jogadores do Vitória/M Couto Alves, iniciaram esta partida com a atenção necessária para que não fossem surpreendidos. Alguns erros no início, mas depressa corrigidos, e com alguma naturalidade o resultado foi sendo ampliado, 7-10, 11-16 e 15-22. Nos momentos finais deste período, descomprimiram e claro que do lado do Esgueira veio a resposta a esta abertura. Aproveitando falhas na defesa vitoriana, recuperaram até os 20-22, tendo ainda o Vitória/M Couto Alves oportunidade para fazer mais 2 pontos antes de terminar este parcial. Aquele início que parecia prometer algo mais foi sol de pouca dura e o equilíbrio voltava ao marcador, 20-24.

Fortes e determinados. Foi assim que os atletas do adversário do Vitória/M Couto Alves entraram neste 2º período. Com os movimentos presos, talvez pela surpresa desta entrada do Esgueira, os jogadores vitorianos não conseguiam reagir e travar Daniel Félix e Brian Craig. Esta dupla, verdadeiramente os pilares desta equipa do Esgueira, conseguiam fazer mossa e o resultado passava a espelhar isso mesmo: 31-26, 37-30 e chegava-se ao intervalo com 42-32 . O Vitória/M Couto Alves perdia os quatro pontos que trazia do 1º parcial e ainda ficava a dez do adversário. Esta meia-final parecia estar longe de resolvida, depois desta recuperação do Esgueira, que vencia este período por uns espantosos 22-8.

No recato do balneário, Fernando Sá deve ter encontrado alguma formula mágica para incentivar os seus pupilos. Desta feita era o Esgueira que minutos depois de regressar à partida via esfumar-se uma vantagem que até justificara. O Vitória/M Couto Alves conseguia encostar-se no marcador, 48-46, tendo realizado momentos de defesa sólida e ataque paciente e eficaz. Após a metade destes terceiros dez minutos voltava o equilibrio e toda a incerteza no resultado. O Vitória/M Couto Alves conseguia vencer este parcial, 14-20, re-entrava na disputa do jogo e ficava a quatro pontos do seu adversário, 56-52.

No jogo de sábado era o Vitória/M Couto Alves que entrava com essa mesma vantagem para o derradeiro período, desta feita o Esgueira saía na frente com os mesmos quatro pontos à maior. Bola cá, bola lá... Erro de um lado e erro do outro... Até parecia que ninguém queria adiantar-se no marcador. Então debaixo da tabela do Esgueira, numa jogada em que a bola parecia não querer entrar, pelo menos tentativas foram várias, Ije Nwankwo ganhou mais uma vez a bola e de raiva foi com tudo para cima do cesto, conseguindo colocar o Vitória/M Couto Alves na frente, 58-59. Cansados e sem terem argumentos para contrariar o poderio do conjunto vimaranense, os de Esgueira, caíram de maduros... Depois de estarem na frente, os de Guimarães nunca mais deixaram de mandar nos acontecimentos. Com muita garra na defesa e jogando pela certa no ataque continuaram a somar pontos na sua vantagem. Terminava o jogo com uma bola a percorrer todos os jogadores do Vitória/M Couto Alves, alguns várias vezes, até chegar a Ije Nwankwo, e este poste norte americano sem oposição fez um fácil afundanço. Aliás, este jogador seria o MVP do jogo, com 30 pontos, 8 ressaltos, 2 assistências e 2 roubos de bola. Resultado deste parcial : 11-23. Resultado final deste jogo : 67-75. Resultado desta meia-final : Vitória/M Couto Alves 3 - 1 Esgueira, com o Vitória/M Couto Alves a ser apurado para disputar a final da ProLiga.

Alinharam pela equipa do Vitória/M Couto Alves :

Nº 4-Rodrigo Almeida (nj), 5-Tayron Thomas (20 pontos), 6-Nuno Pedroso (6), 7-Ricardo Pinto (3), 8-Carlos Fechas -capitão (4), 9-Pedro Tavares (3), 11-Nuno Faria (nj), 12-Pedro Silva (9), 13-Sérgio Correia (0), 14-Paulo Oliveira (nj), 16-Ricardo Correia (nj), 18-Ije Nwankwo (30).

Tal como jogo de ontem, também neste se assistiu à presença de uma boa claque de apoio, que viajou desde de Guimarães num autocarro disponibilizado pela Secção de basquetebol. Foram ainda alguns apoiantes em viatura própria e todos foram sempre muito entusiastas no apoio ao jogadores vitorianos. O ambiente no pavilhão da Casa do Povo de Esgueira foi por vezes muito acalorado, mas sempre dentro de uma normalidade que apraz registar. O destaque neste jogo vai para o colectivo, na sua força e querer imparáveis, mas que teve no seu timoneiro um verdadeiro homem do leme. Fernando Sá está nesta equipa como peixe na água e sabe gerir os seus atletas com mestria. Não espanta portanto o seu bom rendimento...

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