O Vitória Sport Club é o vencedor da 2ª edição do "Troféu Albufeira - capital do turismos" após a vitória sobre o Sporting na noite de ontem. O jogo teve um ritmo tipicamente de pré-época, no entanto, o clube vimaranense mostrou já bons pormenores, que apenas podem deixar os vitorianos esperançados por uma época ao nível do clube.

O Vitória entrou com o pé direito no encontro e dominou sempre as operações, salvo um par de jogadas delineadas pelo Sporting pela lateral direita. Neste ponto, refira-se que Luciano Amaral não foi dos que mais brilhou, mostrando ainda que a sua adaptação ao ritmo do futebol português não está de todo concluída, mas nada de anormal tendo em conta que há muito treino pela frente.

Para o inicio da segunda parte, Cajuda fez entrar Felipe, Ghilas, Desmarets, João Alves e o "paredão" Nilson.
Quem pensou que o Vitória iria encolher os ombros e dar a iniciativa de jogo ao Sporting enganou-se por completo, pois a equipa branca voltou aos relvados com o pé no acelerador e mostrou lances de algum entrosamento, embora seja evidente que está ainda muito trabalho por fazer. Ghilas entrou bem, assim como João Alves e o Vitória continuou à frente das operações, embora sem nunca criar verdadeiro perigo.
Manuel Cajuda fez então entrar Sereno e depois Tiago Ronaldo e Rabiola, e o Vitória continuou com sinal mais, tendo aos 83 minutos uma excelente hipótese para desfeitiar a baliza sportinguista. Ghilas desmarcou-se pela direita, foi à linha e em esforço centrou para o meio da àrea onde Tiago Targino em posição favorável rematou muito alto.

O jogo iria acabar sem que a bola entrasse e foram as grandes penalidades a definir o vencedor do troféu. Talvez pela inexistência da pressão de jogos oficiais, os penaltis foram excepcionalmente bem marcados.
O Sporting começou a ronda com Polga a marcar o primeiro; Nilson quase defendia.
Do lado vitoriano, Ghilas estreou a senda vitoriana e marcou sem problema.
De seguida Ronny conseguiu ultrapassar Nilson e mais uma vez o guardião vitoriano muito perto de defender. Do lado vitoriano João Alves não desperdiçou.
Derlei foi o próximo a rematar com êxito, e Márcio Martins seguiu-lhe o exemplo, empatando 3-3. Farnerud e Andrézinho foram os que se seguiram, concretizando as grandes penalidades.
Abel, o defesa que já vestiu o Rei em épocas passadas tomou posição, mas desta vez Nilson conseguiu mesmo defender pondo o VSC em vantagem.
Desmarets foi o escolhido para acabar a história por ali, mas o francês rematou mal e deu novo animo aos lisboetas. No entanto, Nilson estava mesmo decidido em estragar a festa ao clube da apital e voutou a brilhar, impedindo Purovic de concretizar.
Targino, deu o golpe final ao marcar o 5-4 definitivo e deu ao Vitória a primeira Taça da época.

Declarações dos treinadores:

Cajuda:

«É melhor começar a ganhar do que a perder. É mais um jogo de preparação, foi agradável vencer depois de termos chegado aqui ontem às três da manhã depois de termos feito 640 quilómetros, mas não foi mais do que um jogo de preparação»

«Nesta altura a equipa precisa de limar arestas. Jogámos contra uma equipa forte para tentar pesquisar lacunas no plantel, felizmente até ao momento não as encontrámos. Para o Sporting também foi um jogo de preparação agradável, para o Paulo Bento tirar ilações»

Em relação aos jogadores vitorianos apontarem a UEFA como objectivo:
«Portugal deve ser o único país em que os empregados definem objectivos. Estou satisfeito com o comportamento dos jogadores. Temos dez elementos novos na equipa que estão perfeitamente integrados. Parecem que estão aqui há quatro/cinco anos. Tudo parece muito bonito, mas ainda ninguém ganhou nada. Há que continuar a trabalhar, gosto de se calculista, por isso não gosto que atirem foguetes antes da festa. A equipa está bem engraçada mas, nesta altura, não gosto que se entre com muitas euforias»

Paulo Bento:

«Não estou satisfeito porque não jogámos bem».

«Independentemente do jogo ter sido decidido em grandes penalidades, não jogámos o que podemos jogar. Relativamente ao último houve objectivo que não foram alcançados, não evoluímos em relação ao último jogo. Podíamos e devíamos ter feito mais hoje».

Em relação ao seu primeiro jogo oficial:
«Não estou preocupado. Dia 11 de Agosto, com o F.C. Porto estaremos seguramente melhores, com melhor equipa, para garantir o único objectivo, que é vencer», garantiu. «Vamos continuar a trabalhar para o mais rápido possível podermos integrar os novos jogadores. Acredito que a equipa dentro de algumas semanas a equipa vai render mais».

Positivo:

+ Entrosamento já visivel na equipa; bons pormenores tácticos;
+ Defesa vitoriana; resolveu e não comprometeu;
+ Carlitos; o extremo vitoriano esteve em destaque, causando muitas dores de cabeça à defesa sportinguista;
+ Primeiro troféu numa época em que os vitorianos esperam muito da equipa do berço;
+ Declarações de Manuel Cajuda; o técnico voltou a mostrar humildade e sobretudo inteligência
+ Desmarets fez anos ontem e toda a equipa cantou os parabéns ao francês; respira-se união no grupo;
+ Nilson voltou a mostrar que temos líder;
+ Bastante público no estádio.

Negativo

- Ataque vitoriano; algumas perdidas (normais nesta fase) poderiam ter dado o sabor a golo num jogo morno claramente de pré-época;
- Luciano Amaral; é o jogador vitoriano talvez mais preso de movimentos, contudo, tem muito tempo para progredir;