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Na semana passada no texto que escrevo para este coluna, já tinha referido a linha de conduta pela qual Manuel Cajuda pretendia seguir com o Vitória na primeira divisão do futebol nacional. Na essência passava por apresentar uma equipa que lutasse sempre pelos 3 pontos. Lembro-me também de falar com um amigo Benfiquista, que iria estar presente no jogo da Luz, e que na altura me avisou que se o Vitória fizesse anti-jogo “me cobrava pelo texto escrito”. Na prática ele apenas quereria dizer ou pôr em causa as palavras do treinador, salientando se as mesmas seriam apenas para os jornais, adeptos e afins, ou se havia fundo de verdade. Vi o jogo na Luz, e tenho a dizer que o Vitória em momento algum terá praticado anti-jogo, e fico contente que esse mesmo amigo não tenha falado disso e até tenha elogiado o Vitória no seu blog vermelho. Não que isso fosse determinante para qualquer adepto perceber que o Vitória tenha apresentado por momentos bom futebol, mas serviria para contrariar uma ideia que “pairou” nos dias imediatamente a seguir ao jogo, que afinal o Vitória seria como os outros...os pequenos! Para quem ainda tenha dúvidas, anti-jogo foi o que se viu no ano passado quando o Vitória defrontava qualquer equipa da segunda divisão no estádio D. Afonso Henriques, onde certos momentos do jogo por parte da equipa adversária faria lembrar um qualquer jogo de amigos de bairro, ou quando por qualquer meio a equipa que defende (por norma terá de ser na defesa) apenas pretende que a “bola seja maltratada” e se possível colocada fora do rectângulo de jogo, o mais longe possível. Ajuda também que os jogadores dessa equipa estejam consecutivamente lesionados, mas que passíveis de poder beber umas cervejinhas, logo quando o jogo acabe, por exemplo e quem sabe na Praça da Oliveira! Ironias à parte, sinceramente o Vitória não se enquadra em nenhuma dessas situações e tanto na primeira como na segunda parte do jogo contra o Benfica proporcionou momentos de qualidade no futebol exibido, capazes de deixar contentes os seus adeptos. Adiantou pouco? Talvez. Não marcamos, também não sofremos. Conquistamos um ponto ou perdemos dois? Difícil de ajuizar. Fácil de perceber que foi melhor resultado para nós que para os de Lisboa. E no fundo, e daí a pressão estar do lado deles, e como tal havia necessidade de arranjar algumas desculpas para esquecer o mau momento de futebol que por aqueles abunda.

Virando a agulha, amanhã novo confronto com o Leixões. E em pouco mais de um ano, este é quarto confronto (contando com o de pré-época) que podemos assistir entre as duas equipas. À partida para amanhã com o mesmo número de pontos, e em que ambas já defrontaram um dos grandes do futebol nacional não deve restar dúvidas que a vitória é o único resultado que as equipas estarão a pensar. Ao menos que se faça jus a isso mesmo, e que dignifiquem o espectáculo. Do jogo e suas incidências se falará depois. Neste momento apenas quero lembrar que os jogos entre Vitória e Leixões normalmente têm sido rodeados de alguma intensidade. Considerados de alto risco, normalmente derivado da tensão existente entre os dois grupos de apoiantes das equipas, há quem prefira nem seguir o jogo ao vivo. Algumas medidas foram tentadas durante a semana para que se atenuassem os ânimos, não sei no entanto de que forma resultaram. Mas certamente é de esperar que os adeptos das equipas vejam o jogo com fair-play porque afinal de contas é disso mesmo que precisamos para que cada vez mais os estádios sejam locais acolhedores para que os adeptos do futebol possam ser contagiados com o clima de festa em torno do futebol. Repare-se que a rivalidade e a vontade de vencer aos adversários deverá sempre existir, aliás é um ponto fundamental no futebol que cada vez mais é moderno e que se espera que mantenha algumas das suas características clássicas, mas, as agressões e a falta de respeito não ajudam e só prejudicam quem espera dinamizar e ser contagiado por este desporto de multidões. Repare-se o exemplo recente em Espanha. Bétis e Sevilha são dois clubes da mesma cidade, os seus adeptos odeiam-se mutuamente, tive a oportunidade de perceber isso quando fui ver o Vitória a Sevilha. Não tenho dúvidas que a rivalidade deverá sempre existir mas sem nunca extremar. E como foi bonito num acontecimento triste, a morte de um jogador sevilhano, ver os adeptos do dois clubes unidos à porta do estádio num momento de grande consternação. Todo este paleio, talvez em vão, apenas para que amanhã o fair-play reine na Maia... e já agora que o Vitória vença!

Pedro Varela


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Publicado por Bruno José Ferreira @ 8/30/2007 11:08:00 da tarde,

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